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A dissertação de mestrado de Rodrigo Lefèvre, Projeto de acampamento de obras: uma utopia, oferece um modelo de produção de moradias para migrantes na periferia de São Paulo com base em colaborações enriquecedoras entre migrantes que constroem suas moradias e a assessoria técnica. Esta parceria, uma evolução das teorias anteriores sobre a eliminação de relações hierárquicas entre arquitetos e operários, lembra os princípios fundamentais que sustentam as colaborações anteriores de Lefèvre com Sérgio Ferro e Flávio Império no Grupo Arquitetura Nova. Em sua proposta de acampamento, essas interações tornam-se um mecanismo para equilibrar a transmissão cultural da herança deslegitimadora dos migrantes na perspectiva de um equilíbrio e de uma diversidade demográfica. Embora sugerida como uma utopia, essa proposta também pode ser entendida como uma heterotopia - um paradigma alternativo, mas plausível, para a construção de moradias para migrantes. Como uma heterotopia, a proposta de Lefèvre, assim como de outros textos publicados pelos membros da Arquitetura Nova, é ao mesmo tempo uma crítica às condições vigentes e uma aspiração de solução. E, como crítica e expectativa, o projeto de Lefèvre ilustra as importantes contribuições feitas pelos migrantes no desenvolvimento da sociedade e nos convida a avaliar e redescobrir nossa empatia por eles.
A dissertação de mestrado de Rodrigo Lefèvre, Projeto de acampamento de obras: uma utopia, oferece um modelo de produção de moradias para migrantes na periferia de São Paulo com base em colaborações enriquecedoras entre migrantes que constroem suas moradias e a assessoria técnica. Esta parceria, uma evolução das teorias anteriores sobre a eliminação de relações hierárquicas entre arquitetos e operários, lembra os princípios fundamentais que sustentam as colaborações anteriores de Lefèvre com Sérgio Ferro e Flávio Império no Grupo Arquitetura Nova. Em sua proposta de acampamento, essas interações tornam-se um mecanismo para equilibrar a transmissão cultural da herança deslegitimadora dos migrantes na perspectiva de um equilíbrio e de uma diversidade demográfica. Embora sugerida como uma utopia, essa proposta também pode ser entendida como uma heterotopia - um paradigma alternativo, mas plausível, para a construção de moradias para migrantes. Como uma heterotopia, a proposta de Lefèvre, assim como de outros textos publicados pelos membros da Arquitetura Nova, é ao mesmo tempo uma crítica às condições vigentes e uma aspiração de solução. E, como crítica e expectativa, o projeto de Lefèvre ilustra as importantes contribuições feitas pelos migrantes no desenvolvimento da sociedade e nos convida a avaliar e redescobrir nossa empatia por eles.
Migração : Reflexos de um Espelho
William Watson (author)
2020
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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