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Estação Ferroviária de Mairinque: o projeto e as intervenções
Na segunda metade do século XIX e início do XX, a arquitetura viveu o desafio de responder às demandas e às inovações técnicas e estéticas associadas à realidade industrial emergente. Esse panorama de transformações e experimentações formais associou-se, entre outras coisas, à difusão do Art Nouveau. No Brasil, o estilo teve pouca apropriação por parte dos arquitetos, obtendo notoriedade, contudo, na arquitetura produzida por Victor Dubugras. Grande parte dos projetos concebidos pelo arquiteto incorporava uma linguagem que associava uma expressiva desenvoltura, no que se refere à articulação da formulação estética com o desenvolvimento construtivo, síntese encontrada em um de seus projetos mais simbólicos e representativos: a Estação Ferroviária de Mairinque. O presente artigo faz uma leitura das características plásticas e construtivas dessa edificação. Investiga, também, de que forma um conjunto de intervenções realizadas no prédio comprometeu a concepção original do projeto como um elemento único, sóbrio e coeso. Mostra como, tombado, o arcabouço do prédio está preservado, mas a composição sutil de seus espaços e detalhes – cores, texturas, esquadrias etc. – foi perdida e, com ela, talvez, a principal qualidade do projeto.
Estação Ferroviária de Mairinque: o projeto e as intervenções
Na segunda metade do século XIX e início do XX, a arquitetura viveu o desafio de responder às demandas e às inovações técnicas e estéticas associadas à realidade industrial emergente. Esse panorama de transformações e experimentações formais associou-se, entre outras coisas, à difusão do Art Nouveau. No Brasil, o estilo teve pouca apropriação por parte dos arquitetos, obtendo notoriedade, contudo, na arquitetura produzida por Victor Dubugras. Grande parte dos projetos concebidos pelo arquiteto incorporava uma linguagem que associava uma expressiva desenvoltura, no que se refere à articulação da formulação estética com o desenvolvimento construtivo, síntese encontrada em um de seus projetos mais simbólicos e representativos: a Estação Ferroviária de Mairinque. O presente artigo faz uma leitura das características plásticas e construtivas dessa edificação. Investiga, também, de que forma um conjunto de intervenções realizadas no prédio comprometeu a concepção original do projeto como um elemento único, sóbrio e coeso. Mostra como, tombado, o arcabouço do prédio está preservado, mas a composição sutil de seus espaços e detalhes – cores, texturas, esquadrias etc. – foi perdida e, com ela, talvez, a principal qualidade do projeto.
Estação Ferroviária de Mairinque: o projeto e as intervenções
Amanda Bianco Mitre (author) / Telma de Barros Correia (author)
2017
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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