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Tipo e caráter no discurso da arquitetura
Architecture Parlante: em fins do século 18, insiste-se no topos de que a Arquitetura deve falar. Se fala, fá-lo por meio de uma linguagem. Entretanto como se pode entender o que a Arquitetura diz ou pretende dizer? O falar da Arquitetura, como toda linguagem, é, em larga medida, arbitrário, porquanto ele se produz e reproduz também a partir de convenções que se confirmam e propagam pela reiteração e pelo costume. Assim, no discurso da Arquitetura de extração clássica, além das ditas ordens arquitetônicas, operam a inserção tipológica e afirmação do caráter que deve inerir a toda obra que se pleiteie como Arquitetura. Se a consolidação das ordens é produto relativamente tardio – pois data do século 16, com o Livro IV de Arquitetura de Sebastiano Serlio, editado em 1537 –, os tipos já estavam discriminados no De Arquitetura de Vitrúvio, que procede a uma extensa taxonomia do tipo templo e descreve com minúcia a distribuição do teatro. O conceito de caráter remete à vetusta acepção de decoro, que, por sua vez, é subsumida à de verossimilhança, consagrada na Arte Poética de Aristóteles. Este ensaio procura descrever a fortuna histórica e crítica das noções de tipo e de caráter nos lindes do sistema disciplinar referido à tradição clássica na Arquitetura.
Tipo e caráter no discurso da arquitetura
Architecture Parlante: em fins do século 18, insiste-se no topos de que a Arquitetura deve falar. Se fala, fá-lo por meio de uma linguagem. Entretanto como se pode entender o que a Arquitetura diz ou pretende dizer? O falar da Arquitetura, como toda linguagem, é, em larga medida, arbitrário, porquanto ele se produz e reproduz também a partir de convenções que se confirmam e propagam pela reiteração e pelo costume. Assim, no discurso da Arquitetura de extração clássica, além das ditas ordens arquitetônicas, operam a inserção tipológica e afirmação do caráter que deve inerir a toda obra que se pleiteie como Arquitetura. Se a consolidação das ordens é produto relativamente tardio – pois data do século 16, com o Livro IV de Arquitetura de Sebastiano Serlio, editado em 1537 –, os tipos já estavam discriminados no De Arquitetura de Vitrúvio, que procede a uma extensa taxonomia do tipo templo e descreve com minúcia a distribuição do teatro. O conceito de caráter remete à vetusta acepção de decoro, que, por sua vez, é subsumida à de verossimilhança, consagrada na Arte Poética de Aristóteles. Este ensaio procura descrever a fortuna histórica e crítica das noções de tipo e de caráter nos lindes do sistema disciplinar referido à tradição clássica na Arquitetura.
Tipo e caráter no discurso da arquitetura
Ricardo Marques de Azevedo (author)
2015
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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