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Previsão do comportamento de aberturas subterrâneas em maciços rochosos
Os maciços rochosos assumem toda uma diversidade de feições, que vão desde os meios homogéneos e intactos até às zonas de falhas preenchidas com materiais argilosos, apresentando numerosas descontinuidades e intenso esmagamento, passando pelos conjuntos de blocos em que as descontinuidades estão mais ou menos regularmente espaçadas. Um breve exame do comportamento das aberturas efectuadas nesses meios - tais como furos de sondagem, túneis e grandes escavações mineiras - aponta algumas tendências consistentes. Crê-se que os mecanismos fundamentais de rotura e as necessidades de sustimento são sempre fortemente influenciados pelas variações volumétricas associadas à potencial rotura. Mesmo meios não-diaclasados eventualmente romperão por superfícies tais como fracturas por tracção ou por corte. Pode não existir propriamente uma zona "plástica", já que a rocha entre as superfícies de rotura pode estar intacta e sob tensões relativamente menores. Como as variações volumétricas que acompanham a rotura são em grande medida determinadas pela dilatação (ou contracção) ao longo dessas superfícies de rotura ou descontinuidades preexistentes, o conhecimento destas últimas é fundamental para prever o comportamento de aberturas subterrâneas. A fim de demonstrar algumas das variações volumétricas que ocorrem quando os maciços rochosos são submetidos a crescentes tensões de corte, pode recorrer-se a medições cuidadosas sobre modelos de meios diaclasados. As componentes da deformação das descontinuidades - fecho e dilatância induzida pelo corte - determinam o tipo de resposta de cada maciço. Procura-se obter uma descrição unificadora da resistência ao corte dos maciços rochosos a partir do comportamento do meio descontínuo. Nesta comunicação utiliza-se, com esse fim, quer o sistema Q quer o índice JRC/JCS de caracterização das descontinuidades. O critério proposto contrasta com o de Hoek e Brown, que descreve principalmente a resistência da rocha intacta, embora com ajustamentos para aplicação a meios diaclasados ou esmagados. Apresentam-se exemplos de modelação de escavações em meios diaclasados, usando modelos físicos e numéricos. Dá-se especial importância à discrepância entre o comportamento de meios diaclasados e as tentativas da sua simulação por modelos de meio contínuo. Como razões para a discrepância citam-se a abertura das descontinuidades por tracção e a histerese na descarga associada ao corte. Descrevem-se estudos recentes em modelo, em que foi utilizado o método UDEC (Código Universal de Elementos Discretos) para exemplificar a previsão das variações de permeabilidade na zona alterada na vizinhança de túneis.
Previsão do comportamento de aberturas subterrâneas em maciços rochosos
Os maciços rochosos assumem toda uma diversidade de feições, que vão desde os meios homogéneos e intactos até às zonas de falhas preenchidas com materiais argilosos, apresentando numerosas descontinuidades e intenso esmagamento, passando pelos conjuntos de blocos em que as descontinuidades estão mais ou menos regularmente espaçadas. Um breve exame do comportamento das aberturas efectuadas nesses meios - tais como furos de sondagem, túneis e grandes escavações mineiras - aponta algumas tendências consistentes. Crê-se que os mecanismos fundamentais de rotura e as necessidades de sustimento são sempre fortemente influenciados pelas variações volumétricas associadas à potencial rotura. Mesmo meios não-diaclasados eventualmente romperão por superfícies tais como fracturas por tracção ou por corte. Pode não existir propriamente uma zona "plástica", já que a rocha entre as superfícies de rotura pode estar intacta e sob tensões relativamente menores. Como as variações volumétricas que acompanham a rotura são em grande medida determinadas pela dilatação (ou contracção) ao longo dessas superfícies de rotura ou descontinuidades preexistentes, o conhecimento destas últimas é fundamental para prever o comportamento de aberturas subterrâneas. A fim de demonstrar algumas das variações volumétricas que ocorrem quando os maciços rochosos são submetidos a crescentes tensões de corte, pode recorrer-se a medições cuidadosas sobre modelos de meios diaclasados. As componentes da deformação das descontinuidades - fecho e dilatância induzida pelo corte - determinam o tipo de resposta de cada maciço. Procura-se obter uma descrição unificadora da resistência ao corte dos maciços rochosos a partir do comportamento do meio descontínuo. Nesta comunicação utiliza-se, com esse fim, quer o sistema Q quer o índice JRC/JCS de caracterização das descontinuidades. O critério proposto contrasta com o de Hoek e Brown, que descreve principalmente a resistência da rocha intacta, embora com ajustamentos para aplicação a meios diaclasados ou esmagados. Apresentam-se exemplos de modelação de escavações em meios diaclasados, usando modelos físicos e numéricos. Dá-se especial importância à discrepância entre o comportamento de meios diaclasados e as tentativas da sua simulação por modelos de meio contínuo. Como razões para a discrepância citam-se a abertura das descontinuidades por tracção e a histerese na descarga associada ao corte. Descrevem-se estudos recentes em modelo, em que foi utilizado o método UDEC (Código Universal de Elementos Discretos) para exemplificar a previsão das variações de permeabilidade na zona alterada na vizinhança de túneis.
Previsão do comportamento de aberturas subterrâneas em maciços rochosos
Nick Barton (author)
1988
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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Acerca do comportamento mecânico das superfícies de descontinuidade dos maciços rochosos
DOAJ | 1990
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