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O projeto como prática crítica: repensar o possível e o presente.
O presente artigo é um convite para se pensar sobre a crise do projeto como criação autônoma, que foi da prática heróica do movimento moderno à estetização formalista de muito da produção contemporânea que circula nos meios profissionais, acadêmicos e da imprensa especializada. A prática e o pensamento da arquitetura contemporânea continuam a enfrentar os problemas decorrentes da crise da modernidade, agora segundo parâmetros voltados ao mercado de consumo globalizante. A experimentação projetual que, no modernismo, tratava criticamente de questões de ordem social e estética foi se esvaziando e se contradizendo como resposta a um projeto utópico de caráter coletivo e inserido na esfera pública. A experimentação deu lugar a práticas de valorização simbólica da arquitetura como meio de diferenciação e desigualdade social. Se, por um lado, a crítica ao modernismo mostrou as limitações de suas premissas utópicas, por outro lado, a tradução inapropriada de teorias pós-modernas e desconstrutivas para o âmbito da arquitetura forneceu argumentos que acabaram sendo cooptados pela prática de modernização capitalista que ele visava a questionar. Esse paradoxo impõe à arquitetura, como disciplina e como prática, um novo desafio em um novo contexto econômico, social e cultural. O desafio diz respeito à revisão do projeto como representação abstrata do espaço externo a situações do mundo vivido. Isso significa repensar o exercício projetual como processo de tradução de conflitos e não simplesmente da produção de objetos estéticos voltados para si próprios. A conjuntura e as disjunturas do mundo contemporâneo são distintas das vanguardas modernistas do início do século 20. Se o projeto ainda tem possibilidade de se desenvolver criticamente, ele deve passar pela consideração das relações complexas de ordem social, econômica, cultural e política. Um dos principais desafios que se colocam ao arquiteto nessa trajetória é a necessidade de se reelaborarem sua compreensão dos imaginários sociais que se representam no espaço construído, considerando o presente e o cotidiano como partes constituintes da articulação do passado e da possibilidade de projeções de futuro.
O projeto como prática crítica: repensar o possível e o presente.
O presente artigo é um convite para se pensar sobre a crise do projeto como criação autônoma, que foi da prática heróica do movimento moderno à estetização formalista de muito da produção contemporânea que circula nos meios profissionais, acadêmicos e da imprensa especializada. A prática e o pensamento da arquitetura contemporânea continuam a enfrentar os problemas decorrentes da crise da modernidade, agora segundo parâmetros voltados ao mercado de consumo globalizante. A experimentação projetual que, no modernismo, tratava criticamente de questões de ordem social e estética foi se esvaziando e se contradizendo como resposta a um projeto utópico de caráter coletivo e inserido na esfera pública. A experimentação deu lugar a práticas de valorização simbólica da arquitetura como meio de diferenciação e desigualdade social. Se, por um lado, a crítica ao modernismo mostrou as limitações de suas premissas utópicas, por outro lado, a tradução inapropriada de teorias pós-modernas e desconstrutivas para o âmbito da arquitetura forneceu argumentos que acabaram sendo cooptados pela prática de modernização capitalista que ele visava a questionar. Esse paradoxo impõe à arquitetura, como disciplina e como prática, um novo desafio em um novo contexto econômico, social e cultural. O desafio diz respeito à revisão do projeto como representação abstrata do espaço externo a situações do mundo vivido. Isso significa repensar o exercício projetual como processo de tradução de conflitos e não simplesmente da produção de objetos estéticos voltados para si próprios. A conjuntura e as disjunturas do mundo contemporâneo são distintas das vanguardas modernistas do início do século 20. Se o projeto ainda tem possibilidade de se desenvolver criticamente, ele deve passar pela consideração das relações complexas de ordem social, econômica, cultural e política. Um dos principais desafios que se colocam ao arquiteto nessa trajetória é a necessidade de se reelaborarem sua compreensão dos imaginários sociais que se representam no espaço construído, considerando o presente e o cotidiano como partes constituintes da articulação do passado e da possibilidade de projeções de futuro.
O projeto como prática crítica: repensar o possível e o presente.
Zeuler R. M. A. Lima (author)
2002
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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