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Os planos da paisagem - uma contribuição ao estudo da constituição da paisagem no município de São José dos Campos, SP
A constituição da paisagem, nas cidades brasileiras, tem sido, no geral, tomada como resultado da habilidade dos planejadores em reservar, para fins de proteção e conservação, áreas consideradas ambientalmente frágeis ou devido à sua notabilidade, em relaçãoà cobertura vegetal, e ainda em função das oportunidades de sua apropriação como áreas de lazer. Além de colocar a paisagem em uma dimensão reducionista, compreendendo-a por meio de uma, dentre tantas outras, de suas particularidades, essas posturas dificultam compreender a configuração urbana como um complexo processo, no qual está envolvido o meio natural, o meio construído, a cultura, a técnica e o cidadão, este último, sujeito, ator e agente da construção dos espaços. Igualmente, uma profícua produção de instrumentos normativos para construção das cidades, por meio da elaboração de planos, projetos, leis e obras, tem procurado, pela difusão do planejamento, no âmbito do ideário da urbanística modernizadora, ordenar a cidade, com vista a torná-la ascética e bela, boa para se investir e auferir ganhos. Busca-se o controle e a ordenação por meio daquilo que lhe é mais aparente e de sua superfície. Ao sujeito do espaço resta uma cidade desconexa e desarticulada, a qual, em sua configuração não responde ao seu hábitat, mas representa outros desejos, de outras ordens, as quais, não as suas, cambiantes e ricas em diversidades, em que se exercitam diariamente os consensos possíveis.
Os planos da paisagem - uma contribuição ao estudo da constituição da paisagem no município de São José dos Campos, SP
A constituição da paisagem, nas cidades brasileiras, tem sido, no geral, tomada como resultado da habilidade dos planejadores em reservar, para fins de proteção e conservação, áreas consideradas ambientalmente frágeis ou devido à sua notabilidade, em relaçãoà cobertura vegetal, e ainda em função das oportunidades de sua apropriação como áreas de lazer. Além de colocar a paisagem em uma dimensão reducionista, compreendendo-a por meio de uma, dentre tantas outras, de suas particularidades, essas posturas dificultam compreender a configuração urbana como um complexo processo, no qual está envolvido o meio natural, o meio construído, a cultura, a técnica e o cidadão, este último, sujeito, ator e agente da construção dos espaços. Igualmente, uma profícua produção de instrumentos normativos para construção das cidades, por meio da elaboração de planos, projetos, leis e obras, tem procurado, pela difusão do planejamento, no âmbito do ideário da urbanística modernizadora, ordenar a cidade, com vista a torná-la ascética e bela, boa para se investir e auferir ganhos. Busca-se o controle e a ordenação por meio daquilo que lhe é mais aparente e de sua superfície. Ao sujeito do espaço resta uma cidade desconexa e desarticulada, a qual, em sua configuração não responde ao seu hábitat, mas representa outros desejos, de outras ordens, as quais, não as suas, cambiantes e ricas em diversidades, em que se exercitam diariamente os consensos possíveis.
Os planos da paisagem - uma contribuição ao estudo da constituição da paisagem no município de São José dos Campos, SP
Emmanuel Antonio dos Santos (author)
2006
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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DOAJ | 2007
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