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Descolonizando a capital: cartografia político-afetiva de corpos errantes pela cidade de Brasília
A partir da análise de intervenções urbanas de quatro artistas e coletivos do centro e da periferia do Distrito Federal, proponho a elaboração de uma breve cartografia político-afetiva de Brasília, cujo projeto urbanístico original se caracteriza por constituir um dispositivo urbano segregacionista que confere à cidade, até hoje, uma das maiores desigualdades sociais do país. Para tanto, recorro inicialmente à concepção de estética decolonial como aporte teórico-epistemológico para descentralizar o papel da representação e do estímulo visual nas artes de modo a priorizar outras formas de produção de sentido pela aisthesis, colocando o corpo como agente de ocupação da cidade, conforme proposto pela prática do delirium ambulatorium em Hélio Oiticica. Encontro, nos artistas abordados, reverberações do pintor e escultor tropicalista na prática estética do caminhar e da errância como possibilidade de fundir o corpo ao espaço, constituindo um modo subversivo de compreender a formação de subjetividades no contexto urbano neoliberal.
Descolonizando a capital: cartografia político-afetiva de corpos errantes pela cidade de Brasília
A partir da análise de intervenções urbanas de quatro artistas e coletivos do centro e da periferia do Distrito Federal, proponho a elaboração de uma breve cartografia político-afetiva de Brasília, cujo projeto urbanístico original se caracteriza por constituir um dispositivo urbano segregacionista que confere à cidade, até hoje, uma das maiores desigualdades sociais do país. Para tanto, recorro inicialmente à concepção de estética decolonial como aporte teórico-epistemológico para descentralizar o papel da representação e do estímulo visual nas artes de modo a priorizar outras formas de produção de sentido pela aisthesis, colocando o corpo como agente de ocupação da cidade, conforme proposto pela prática do delirium ambulatorium em Hélio Oiticica. Encontro, nos artistas abordados, reverberações do pintor e escultor tropicalista na prática estética do caminhar e da errância como possibilidade de fundir o corpo ao espaço, constituindo um modo subversivo de compreender a formação de subjetividades no contexto urbano neoliberal.
Descolonizando a capital: cartografia político-afetiva de corpos errantes pela cidade de Brasília
Gabriela Freitas (author)
2024
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