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O presente artigo propõe uma aproximação entre o processo de criação artística e a constituição da cidade por meio da história da arte, da fenomenologia da percepção e da crítica genética, ciência que estuda os processos de criação artística. Essa aproximação é realizada tanto do ponto de vista da constituição e transformação das cidades quanto da interlocução e interação entre arte e cidade. Tanto a história da arte como a fenomenologia e a crítica genética observam o quanto a memória e a imaginação, junto da percepção, são constituintes da subjetividade e instrumentos de elaboração da realidade; pela percepção observamos a realidade que passa a fazer parte de nosso ser. Para a fenomenologia de Merleau-Ponty (1969), o mundo se configura a partir da experiência original, em um nível pré-reflexivo, no qual o corpo é a sede do diálogo entre o mundo e o eu. Assim, para o autor, a forma não é algo externo ao ser; para ter alguma espécie de significação é necessário haver uma comunicação entre a objetividade e a subjetividade, já que a forma é expressão de algo percebido e elaborado. Nesse sentido, percepção, memória e imaginação são agentes importantes na construção do próprio real, tanto individual quanto coletivamente. No bojo desta análise emergem a interlocução entre arte e cidade e a importância da visualidade como manifestação da percepção e da expressão. Já a aproximação com a crítica genética se dá pela análise dos fenômenos que se apresentam nos processos que envolvem a criação artística e a constituição e transformação da cidade, na busca de identificar semelhanças, correspondências, paralelismos. Assim, observaremos o complexo movimento de criação, no qual interagem ações que abrigam tanto a pesquisa, a experimentação, o acaso, os testes, a coleta e armazenamento de informações, apropriações, descartes, assim como transgressões, ajustes, desvios e retornos.
O presente artigo propõe uma aproximação entre o processo de criação artística e a constituição da cidade por meio da história da arte, da fenomenologia da percepção e da crítica genética, ciência que estuda os processos de criação artística. Essa aproximação é realizada tanto do ponto de vista da constituição e transformação das cidades quanto da interlocução e interação entre arte e cidade. Tanto a história da arte como a fenomenologia e a crítica genética observam o quanto a memória e a imaginação, junto da percepção, são constituintes da subjetividade e instrumentos de elaboração da realidade; pela percepção observamos a realidade que passa a fazer parte de nosso ser. Para a fenomenologia de Merleau-Ponty (1969), o mundo se configura a partir da experiência original, em um nível pré-reflexivo, no qual o corpo é a sede do diálogo entre o mundo e o eu. Assim, para o autor, a forma não é algo externo ao ser; para ter alguma espécie de significação é necessário haver uma comunicação entre a objetividade e a subjetividade, já que a forma é expressão de algo percebido e elaborado. Nesse sentido, percepção, memória e imaginação são agentes importantes na construção do próprio real, tanto individual quanto coletivamente. No bojo desta análise emergem a interlocução entre arte e cidade e a importância da visualidade como manifestação da percepção e da expressão. Já a aproximação com a crítica genética se dá pela análise dos fenômenos que se apresentam nos processos que envolvem a criação artística e a constituição e transformação da cidade, na busca de identificar semelhanças, correspondências, paralelismos. Assim, observaremos o complexo movimento de criação, no qual interagem ações que abrigam tanto a pesquisa, a experimentação, o acaso, os testes, a coleta e armazenamento de informações, apropriações, descartes, assim como transgressões, ajustes, desvios e retornos.
A cidade em processo
Ariane Daniela Cole (author)
2007
Article (Journal)
Electronic Resource
Unknown
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|O processo de retificação do rio Tietê e suas implicações na cidade de São Paulo, Brasil
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